PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRATUBA
Secretaria Municipal de Educação e Esportes
DIRETRIZES PEDAGÓGICAS DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO
APROVADAS EM 04 DE FEVEREIRO DE 2013, POR TODOS OS PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL
2013
PREFEITO
Claudirlei Dorini
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E ESPORTES
Geferson Carli Schreiner
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ENSINO FUNDAMENTAL
Claudia Aparecida Port Jung
DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ENSINO - EDUCAÇÃO INFANTIL
Carmen Teresinha Land
Nestes últimos anos, a discussão acerca da ressignificação do currículo, decorrente da ampliação do tempo do ensino fundamental para 09 anos, com ingresso das crianças aos seis anos de idade, e, o objetivo de melhor subsidiar a elaboração dos planos de ensino das unidades educativas, trouxe a necessidade de promover estudos para a sistematização de novos referenciais curriculares para a Rede Municipal de Piratuba. Neste sentido, o Departamento de Ensino, com a participação dos professores, desenvolveu e elaborou este documento.
A intenção ao sistematizar esta proposta com a rede para a rede é que estes sejam os referencias discutidos e assumidos pelos (as) educadores(as), juntamente com: Referencial Curricular para a Educação Infantil, Parâmetros Curriculares Nacionais, Projetos Pedagógicos e elaboração dos currículos das unidades educativas, salvaguardando suas especificidades.
Esta proposta sugere referenciais na base da estrutura da educação infantil e do sistema de ensino fundamental de 09 anos, com apoio do Sistema de Ensino Aprende Brasil. Neste sentido, cabe ao grupo gestor das unidades educativas mobilizar os(as) educadores(as) e promover a discussão e a adequação de seu Projeto Político Pedagógico, a fim de contemplar estes referenciais e a legislação vigente.
Esta é a terceira versão das Diretrizes Pedagógicas da Rede Municipal de Ensino de Piratuba, baseada na primeira versão elaborada em 2002, e na segunda versão elaborada em 2009. Em 2012 houve a rediscussão dos conteúdos curriculares e alterações na grade por parte do Conselho Municipal de Educação, além de mudanças na legislação, o que justifica a necessidade da revisão deste documento em 2013.
1 - CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA - INTERACIONISMO
De acordo com essa abordagem, evidenciada nos PCN, RCNEI e na caminhada pedagógica que a educação piratubense trilhou até hoje, a Proposta Pedagógica está embasada em uma concepção de sociedade, de educação, de escola, de professor e de aluno que contribuam com a formação do ser humano, com a cidadania e com o desenvolvimento da consciência crítica para a emancipação das pessoas.
Destacamos alguns teóricos para a fundamentação de nosso trabalho, que abordam diferentes formas de interacionismo, mas todos fundamentam-se na idéia de que a interação é fundamental para o desenvolvimento sócio-cognitivo:
Vygotsky: valoriza a memória seletiva, o pensamento abstrato, a atenção concentrada, a vivência emocional e a intencionalidade da ação. Apresenta o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal e evidencia o papel da linguagem para o desenvolvimento e a aprendizagem;
Wallon: o ser humano se desenvolve através do conflito, que contribui para a formação da personalidade. A afetividade também influencia na sua formação;
Piaget: segundo ele, as crianças compreendem o mundo pelas experiências que são aguçadas pela curiosidade infantil. Os esquemas mentais formulados e utilizados pelas crianças são os responsáveis pela compreensão do mundo. Seus estudos sobre os estágios do desenvolvimento infantil fundamentam a prática pedagógica, especialmente na Educação Infantil;
Ausubel: valorização do conhecimento prévio do aluno, partindo do que ele já sabe, no sentido de dar significado ao objeto da aprendizagem.
Ainda, com base nos PCN, verificamos a participação construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, a intervenção do professor para a aprendizagem de conteúdos específicos que favorecem o desenvolvimento das capacidades necessárias à formação do indivíduo. Nesse sentido, o que se tem em vista é que o aluno possa ser sujeito de sua própria formação, em um complexo processo interativo onde também o professor se veja como sujeito do conhecimento.
2 – CONCEPÇÃO DE MUNDO E SOCIEDADE
A atual sociedade, caracterizada pelo uso das novas tecnologias de informação e comunicação está promovendo transformações na forma de as pessoas se comunicarem, entreterem e adquirirem conhecimento. O mundo da educação não pode ignorar esta realidade tecnológica nem como objeto de estudo e, muito menos, como instrumento para a formação de cidadãos que já se organizam nesta sociedade, inclusive através de ambientes virtuais. Essa grande massa de informações é, ao mesmo, formada e formadora da sociedade atual, onde o aluno se insere tendo a necessidade de aprender a organizá-las e a interpretá-las. A escola, como parte integrante dessa sociedade, com a preocupação de formar cidadãos críticos, reflexivos e responsáveis pelo seu aprendizado, tem de se adequar a esse novo ambiente, criando mecanismos didático-pedagógicos que favoreçam o aprendizado de forma dinâmica e contínua, com aprendizado para toda a vida.
3 - CONCEPÇÃO DE ESCOLA
A escola deve ser um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de conteúdos seja favorável a inserção do aluno no dia-a-dia da sociedade e em um universo cultural maior, levando-se em consideração também a utilização das ferramentas tecnológicas para o processo de ensino-aprendizagem.
Na escola, as atividades educativas são sistemáticas, tem uma intencionalidade deliberada e um compromisso explícito: tornar acessível o conhecimento formalmente organizado. Ao adquirir esses conhecimentos, o ser humano transforma-se: aprende a ler e a escrever, obtém o domínio de formas complexas de cálculos, constrói significados a partir de informações diversas, lida com conceitos científicos hierarquicamente relacionados, o que possibilita novas formas de pensamento e de inserção e atuação em seu meio.
Para que a escola cumpra seu papel, será preciso que ela planeje, proponha e coordene atividades significativas e desafiadoras capazes de impulsionar o desenvolvimento das crianças e de amplificar as suas experiências e práticas socioculturais.
4 - CONCEPÇÃO DE ALUNO
A concepção da criança como um ser social deverá ser referencial básico para proposição de atividades coerentes com o nível de ensino, assim como a proposta interacionista, que tem como base questões relevantes para a prática democrática e transformadora da realidade.
A criança está imersa, desde o nascimento, em um contexto social que a identifica, ela se desenvolve desde cedo com a experiência histórica dos adultos e do mundo por eles criado. À medida que o aluno, na escola, expande seus conhecimentos, modifica sua relação cognitiva com o mundo e age e interage com esse saber, tendo condições de atuar com autonomia na sociedade.
Ao interagir com os conhecimentos na escola, o aluno se transforma: desenvolve habilidades, brinca, joga, aprende a ler, obtém o domínio do raciocínio lógico matemático, constrói significados a partir das informações descontextualizadas, amplia seus conhecimentos, lida com conceitos científicos.
5 - CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM E O PAPEL DO PROFESSOR
O conceito de aprendizagem significativa, centrada na perspectiva interacionista, implica, necessariamente, no trabalho simbólico de significar a parcela da realidade que se conhece. As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas à medida que consigam estabelecer relações substantivas e não-arbitrárias entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação de novos significados.
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica sistemática e planejada de maneira intencional, promover aprendizagem com maior grau de significados possível, uma vez que esta nunca é absoluta. Sempre é possível estabelecer algumas relações entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui, propondo problemas e desafios aos seus educandos.
Do ponto de vista legal e profissional, o cargo de Professor na Rede Municipal de Ensino é regido pela Lei 028/2007, que institui o Plano de Cargos e Salários do Magistério, definindo direitos e deveres do cargo, além de determinar as Atribuições do Cargo de Professor.
6 - TEMPO E ESPAÇO NA ESCOLA
De acordo com os PCN, a organização do tempo e do espaço reflete a concepção metodológica adotada pelo professor e pela escola. Dessa forma, numa perspectiva interacionista, a escola é um espaço privilegiado para as interações entre o sujeito (aluno) e o objeto (conhecimento, informação). Assim, a escola deve ser um ambiente alfabetizador, na perspectiva mostrada por Ana Teberosky: Ambiente alfabetizador “é aquele em que há uma cultura letrada, com livros, textos digitais ou em papel , um mundo de escritos que circulam socialmente.” É importante salientar quecultura letrada deve se entendido como as diversas manifestações que levem à comunicação, não se restringindo apenas à linguagem escrita.É importante lembrar que o espaço de aprendizagem não se restringe à escola, sendo necessário propor atividades que ocorram fora dela.
Os espaços da escola devem ser planejados e organizados, visando o desenvolvimento do processo de aprendizagem. É imprescindível que haja um levantamento de todos os recursos didático-pedagógicos para o conhecimento dos(as) professores (as) e sua disponibilização para o uso na ação pedagógica cotidiana. Para que a ação pedagógica atinja seus objetivos, é fundamental que cada escola defina em seu PPP a organização do tempo, considerando o planejamento coletivo e de cada professor. Dessa forma o professor poderá delegar esse controle ao aluno, haja vista que ele terá condições também de planejar, executar, decidir e vivenciar o resultado de suas decisões sobre o uso do tempo.
Algumas atividades podem ser realizadas fora do espaço e do tempo escolar, em forma de TAREFAS DE CASA, como pesquisas orientadas, finalização de atividades iniciadas na escola, coleta de materiais e informações diferenciados para posterior utilização na sala de aula, atividades de fixação do conteúdo. Cabe ao professor planejar essas atividades de maneira coerente e orientá-la de tal forma que ela tenha cunho educativo, assim como retomar em outro momento a atividade para ela seja significativa.
Em relação ao dia-a-dia das escolas, cada uma delas deverá ter em seu PPP a determinação dos dias e horários das aulas, bem como o calendário do ano letivo, previamente orientado pela SMEE e aprovado pelo CME.
7 - O PLANEJAMENTO
O planejamento deve conduzir a ação educativa na escola, desde a construção coletiva do Projeto Político Pedagógico até o planejamento de atividades de ensino para a aprendizagem de maneira adequada e coerente com os objetivos. É a partir dessas determinações que o professor elabora a programação diária de sala de aula e organiza sua intervenção de maneira a propor situações de aprendizagem ajustadas às capacidades cognitivas dos alunos, articulando o fazer pedagógico de forma integrada e interdisciplinar, inclusive no formato de Projetos.
Há cerca de dois anos foi implantado o SIFAM - Sistema Integrado da Família, software utilizado para gerenciar, organizar e arquivar os dados referentes à documentação escolar. Nesse sistema são lançados os dados escolares dos alunos, como notas e freqüência. A partir de 2013, todas as escolas da rede municipal de ensino deverão adequar-se ao SIFAM, de forma que todos os professores deverão registrar o planejamento de suas aulas, frequência e avaliação de seus alunos neste sistema. Isso implicará em um período de adaptação para aquelas escolas que ainda não realizam todos esses processos de forma virtual. A SMEE oferecerá suporte técnico e estrutural para que esse período seja o mais curto possível.
O planejamento das aulas deverá seguir os seguintes passos mínimos:
· Data, Disciplina, Turma/Ano, Conteúdo (o que), Objetivo (por que),Metodologia/Procedimento (como), Anexos se houver (atividade impressa, link, sites, documento, foto, slides, vídeo,...), Avaliação (quando houver atividade específica), Tarefa de casa (se houver), Observações - se houver (anotações do professor, alterações posteriores, mudança de data,...).
8– PROJETOS
Sendo ele um planejamento de tempo e dos conteúdos que envolvem um tema especifico indicando intenções claras de ensino permitindo novas aprendizagens.
Cada escola deverá informar em seu PPP os projetos que realizar durante ao ano. Objetivo é articular com propósitos didáticos (o que os alunos devem aprender) e propósitos sociais (o trabalho como um produto final e com objetivos alcançados).
Além de dar um sentido mais amplo às práticas interdisciplinares e contextualizadas, o projeto evita a fragmentação dos conteúdos e torna os alunos agentes da própria aprendizagem
9 - EDUCAÇÃO INFANTIL
A Educação Infantil deve ser orientada pelo princípio básico de proporcionar à criança o desenvolvimento da autonomia, isto é, a capacidade de construir as suas próprias regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças. Obviamente, esta construção não se esgota no período de 0 aos 6 anos de idade, devido às próprias características do desenvolvimento infantil. Mas tal construção necessita ser iniciada na Educação Infantil. Se pretendermos o desenvolvimento integral e a construção da autonomia infantil, devemos proporcionar a criança situações em que ela possa vivenciar as mais diversas experiências, fazer escolhas, tomar decisões, socializar conquistas e descobertas. Vale ressaltar que não se trata de um trabalho espontaneísta, onde o adulto não organiza objetivamente as atividades oferecidas às crianças assumindo um papel de mero espectador, que observa o desenvolvimento dos pequeninos. Trata-se de uma organização do trabalho pedagógico em que o adulto/educador e as crianças têm ambos, papéis ativos. Cabe ao educador pesquisar e conhecer o desenvolvimento infantil.A SMEE entende que, trabalhando com crianças a partir de quatro meses, é necessário satisfazer seus alunos em suas necessidades afetivas, sociais, cognitivas e físicas, com uma pedagogia ativa onde a experimentação é o ponto de partida e de chegada, tendo como perspectiva de homem um cidadão que possa atuar na sociedade de forma autônoma, consciente de seus direitos e deveres, crítico e feliz. Estabelecer uma boa integração com a família é de grande importância para a SMEE. Buscamos com esta parceria, assegurar ao aluno uma unidade em sua formação geral.Em 2013, a Educação Infantil passa a contar com o material didático e toda a estrutura do Sistema de Ensino Aprende Brasil desde a creche.A Rede Municipal de Ensino oferece Educação Infantil em quatro escolas:
· Centro de Educação Infantil Passinho Inicial – creche e grupos 3, 4 e 5;
A grade curricular da Educação Infantil é baseada nos RCNEI e na LDB, que trabalha com os eixos Identidade, Autonomia, Movimento, Música, Artes Visuais, Natureza e Sociedade, determinada pela Resolução 01/2010 do CME, conforme a tabela que define o número de aulas:
Áreas do conhecimento
|
GRUPOS
| |||
3
|
4
|
5
| ||
Eixos do RCNEI
|
18 aulas
|
18 aulas
|
18 aulas
| |
Base diversificada
|
Artes
|
2 aulas
|
2 aulas
|
2 aulas
|
Educação Física
|
3 aulas
|
3 aulas
|
3aulas
| |
Língua Estrangeira
|
2 aulas
|
2 aulas
|
2 aulas
| |
Total da carga horária
|
25
|
25
|
25
|
9.2 - AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
No que diz respeito à criança, é importante lembrar que, segundo disposto em lei, a avaliação não tem caráter promocional. Deverá ser realizada por meio de observação, da reflexão e do diálogo, tendo como objeto as diferentes manifestações da criança, representando, dessa forma, o acompanhamento de seu cotidiano na escola. O registro desse acompanhamento precisa ocorrer de forma sistemática e ser atualizado de acordo com os acontecimentos do grupo e de cada criança.
A partir de 2012, por decisão do grupo de professores da educação infantil, optou-se por uma ficha avaliativa, organizada de acordo com a grade curricular e com os eixos de conhecimentos previstos no material do Sistema de Ensino Aprende Brasil.
10 - ENSINO FUNDAMENTALA Rede Municipal de Ensino oferece Ensino Fundamental em quatro escolas:
· Escola Municipal Professora Amélia Poletto Hepp – 1º ao 9º ano;
O amparo legal para a ampliação do Ensino Fundamental constitui-se dos seguintes dispositivos:
- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – artigo 208;
- Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996- admite a matrícula no Ensino Fundamental de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade;
- Lei 13/2000 – Institui o Sistema Municipal de Ensino;
- Lei nº 10.172, de 09 de janeiro de 2001- estabelece o ensino fundamental de nove como meta da educação nacional;
- Lei nº 11.114, de 16 de maio de 2005 - altera a LDB e torna obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental;
- Lei nº 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 – altera a LDB e amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matricula de crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implantação pelos sistemas, até 2010;
- Resolução do CME nº 05/ 2009 que fixa normas para a organização do ensino dos 09 anos;
- Lei Complementar nº 041/2009 – dispõe sobre alteração da lei 13/2000, instituindo o ensino dos 09 anos.
10.2 - ORGANIZAÇÃO
Ensino fundamental
| |
Anos iniciais
|
Anos finais
|
1º ano
|
2º ano
|
3º ano
|
4º ano
|
5º ano
|
6º ano
|
7º ano
|
8º ano
|
9º ano
|
10.3 - OBJETIVOS DO ENSINO FUNDAMENTAL
O Ensino Fundamental deve garantir as oportunidades educativas requeridas para o atendimento das necessidades básicas de aprendizagem das crianças e adolescentes. Sendo assim, prioriza o domínio de conhecimento cognitivo, afetivo, artístico, motor, espacial, lingüístico, estético, lúdico, ético e social, bem como, procedimentos gerais e específicos, valores e atitudes fundamentais à vida pessoal e à convivência social solidária e democrática.
O Sistema de Ensino Municipal pretende contribuir para a formação básica do cidadão, com base no art. 32 da Lei 9394/96, oportunizando aos educandos:
I. desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meio básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos saberes em que se fundamenta a sociedade;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Além desses objetivos, citamos também:
- Construir a compreensão da cidadania e participação social;
- Desenvolver pensamento crítico e ético;
- Possibilitar a construção do conhecimento sobre o Brasil em todas as suas dimensões, valorizando a pluralidade do seu patrimônio sócio-cultural;
- Desenvolver no educando o autoconhecimento, a autoconfiança, autovalorização e a sua percepção como agente questionador e transformador da realidade;
- Construir a capacidade de utilização das diferentes linguagens, da lógica, da criatividade, da instituição para a construção do conhecimento;
- Orientar sobre a possibilidade de uso dos diferentes recursos tecnológicos de informação.
10.4 – CURRÍCULO
Para atingir a finalidade educativa, utiliza-se dos conteúdos específicos de cada área do conhecimento, de maneira contextualizada e interdisciplinar.
As metodologias utilizadas para o ensino dos conhecimentos elencados no currículo devem possibilitar o diálogo entre as áreas de conhecimento, favorecendo uma aprendizagem mais interessante e abrangente em que a apropriação dos saberes escolares permite compreender o mundo na mesma medida que favorece o desenvolvimento da curiosidade intelectual, estimulando o senso crítico e permitindo uma compreensão mais elaborada do real. Essa relação motiva o desenvolvimento de habilidades, criando condições necessárias para o enfrentamento de novas situações. De acordo com o artigo 26 da LDB, o currículo do ensino fundamental deve ter uma base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela. Dessa forma, o Conselho Municipal de Educação, através da Resolução 02/2012 altera a grade curricular que fica assim composta:
Área do conhecimento
|
Anos/Séries
| ||||||||||
Anos Iniciais
|
Anos Finais
| ||||||||||
1º
|
2º
|
3º
|
4º
|
5º
|
6º
|
7º
|
8º
|
9º
| |||
Base Nacional Comum
|
Língua Portuguesa
|
7
|
7
|
7
|
7
|
7
|
5
|
5
|
5
|
5
| |
Matemática
|
5
|
5
|
5
|
5
|
5
|
5
|
5
|
5
|
5
| ||
Ciências
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
3
|
3
|
3
|
3
| ||
Geografia
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
3
|
3
|
3
|
3
| ||
História
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
3
|
3
|
3
|
3
| ||
Artes
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
| ||
Base diversificada
|
Educação Física
|
3
|
3
|
3
|
3
|
3
|
2
|
2
|
2
|
2
| |
Língua Estrangeira - Inglês
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
|
2
| ||
Total da carga horária semanal
|
25
|
25
|
25
|
25
|
25
|
25
|
25
|
25
|
25
| ||
Além dos conteúdos específicos de cada área, os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam a integração dos Temas Transversais ao currículo, sendo eles: Ética, Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual, eleitos por envolverem problemáticas sociais atuais e urgentes, consideradas de abrangência nacional e até mesmo de caráter universal. A transversalidade pressupõe um tratamento integrado das áreas e um compromisso das relações interpessoais e sociais escolares com as questões que estão envolvidas nos temas, a fim de que haja uma coerência entre os valores experimentados na vivência que a escola propicia aos alunos e o contato intelectual com tais valores.
10.5 - AVALIAÇÃO
Nosso Sistema de Ensino baseia-se nas determinações dos PCNs, na LDB 9394/96, nos RCNEI, além das leis municipais e resoluções do CME.De acordo com os PCNs, a avaliação tem diferentes focos a serem abordados: · Para o professor: subsidia a atuação e fornece elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo;
Os instrumentos indicados para constituir a avaliação escolar devem ser registrados no Diário de Classe, nas fichas descritivas quando houver, e em portfólios individuais com os registros das avaliações durante o ano letivo. Todos esses dados serão arquivados na escola e registrados no SIFAM e serão a base para a emissão do Boletim e do Histórico Escolar ao final do ano letivo.
Como instrumentos de avaliação mínimos do Ensino Fundamental, citamos:
· Registro das atividades nos cadernos escolares e no livro didático do aluno;
11 – EDUCAÇÃO ESPECIAL
Conforme a LDB, entende-se por educação especial a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. De acordo com a Lei Municipal 041/2009 – Sistema de Ensino, no art. 5º o Município deve garantir atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais. Na mesma lei, no art. 38, definem-se mais aspectos em relação à Educação Especial.
Através da Lei Complementar 056/2011, considera-se como profissional do magistério público municipal o Segundo Professor, que pode ser designado para atuação na Educação Especial.
É importante salientar que a responsabilidade pela aprendizagem do aluno com necessidades educacionais especiais não é apenas do Segundo Professor, mas da escola como um todo, com ênfase para o professor titular da turma em que esse aluno está inserido. Essas e outras discussões acerca da Educação Especial estão em tramitação no CME.
12 – BIBLIOGRAFIA
• Parecer CEB nº 4, de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
• Resolução CNE/CEB nº 2, de 7 de abril de 1998. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
• Parecer CEB nº 22, de 17 de dezembro de 1998. Diretrizes Curriculares da Educação Infantil.
• Resolução CNE/CEB nº 1, de 7 de abril de 1999. Institui as Diretrizes Curriculares da Educação Infantil.
• ANDRÉ, M. & DARSIE, M. Novas práticas de avaliação e a escrita do diário: atendimento às diferenças? In: André, Marli (Org.). Pedagogia das diferenças na sala de aula. Campinas: Papirus, 1999.
• FONTANA, Roseli A. Cação. Mediação pedagógica na sala de aula. Campinas: Autores Associados, 1996.
• SMOLKA, Ana Luíza B. A criança na fase inicial da escrita: a alfabetização como processo discursivo. 2ª ed., São Paulo: Cortez/Campinas: Editora da Unicamp, 1989.
• ZABALA, A. Como trabalhar os conteúdos procedimentais em sala de aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.
http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/david-ausubel-aprendizagem-significativa-662262.shtmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Teorias_da_aprendizagem#S.C3.B3cio-interacionismohttp://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/debater-opinar estimulam-leitura-escrita-423497.shtmlhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/volume3.pdfhttp://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf,
SILVA, Siony da; OLIVEIRA, Maria H. P. de. Contribuição da Teoria Sócio_Interacionista de Vigotsky para a Educação On Line. Disponível em http://prof_neivaldo.no.comunidades.net/index.php?pagina=1156231977, acesso em 31/01/2013.